Donos de estabelecimentos criam alternativas para driblar a seca no carnaval

Medidas que vão desde a contratação de carros-pipas até a utilização de talheres descartáveis

Num quadro de escassez de água sem perspectiva de melhoras, apesar das chuvas dos últimos dias, hotéis, bares e restaurantes buscam saídas para manter as portas abertas durante o carnaval. As iniciativas vão desde a contratação de caminhões-pipa até o aumento do volume de reservatórios, uso de poços artesianos, substituição de equipamentos por outros mais eficientes, redução da pressão em torneiras e a utilização de pratos, copos e talheres descartáveis. “Agora, precisamos fazer economia de guerra”, diz o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) de São Paulo, o advogado Percival Maricato.

“Temos adquirido caixas d’água suplementares e economizado bastante nos banheiros e nas cozinhas. Além disso, estamos exigindo que as autoridades sejam mais ágeis e firmes para resolver o problema”, conta, embora reconheça que não há solução à vista para a cidade de São Paulo. “Parece que teremos mesmo o racionamento e isso pode resultar no fechamento de estabelecimentos”, diz. “Se ficarmos cinco dias sem abastecimento, isso será uma catástrofe para o segmento.” Segundo Maricato, o setor emprega cerca de 350 mil pessoas na cidade de São Paulo.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado, Bruno Omori, o carnaval na capital paulista não será mais dramático porque parte da população deixa a cidade no feriado. Ainda assim, o setor espera ocupação média de 45% de um total de 43 mil apartamentos.

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