Setores do turismo e serviços comemoram resultados do Carnaval de rua

O setor de turismo, bares e restaurantes comemoram o resultado positivo do Carnaval de Rua em São Paulo, mas outros segmentos o veem com cautela. O prefeito Fernando Haddad afirmou que o volume de negócios gerados na capital na área dos blocos deve superar os R$ 400 milhões. A Jovem Pan procurou alguns setores para entender onde estão concentrados os ganhos que a cidade teve no carnaval.

O presidente da Seção São Paulo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Percival Maricato, confirma que a folia foi boa para o setor: “Essa expansão do carnaval, esse retorno dos paulistanos à rua, favoreceu as vendas principalmente nos bares”. Maricato acredita que o período pode ter gerado um resultado melhor do que o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula Um, em Interlagos.

 

O presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens em São Paulo, Marcos Balsamão, explica que a venda de pacotes para a capital subiu: “Nós tivemos aproximadamente um crescimento na ordem de 5%, 6% em relação ao mesmo período do ano passado. E ano passado o turismo como um todo teve um crescimento de 5% e esse ano incluindo o carnaval devemos ter o mesmo crescimento de 2015”. A estimativa da Prefeitura é que dos dois milhões de foliões que participaram dos festejos, 2% sejam turistas.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo, Bruno Omori, diz a Anderson Costa que a tendência é de alta daqui para frente: “Esse ano a gente conseguiu uns 2% ou 3% de ocupação em São Paulo com o carnaval de rua. Acreditamos que nos próximos 5 anos pode chegar a 15% ou 20%”. Omori acrescenta que em 2015 a ocupação no Carnaval foi de 32% no Rio de Janeiro e em Salvador, fica próxima dos 90%.

Já o diretor de Relações Institucionais da Alshop, Luís Ildefonso da Silva, diz que o fechamento das lojas de rua favoreceu pouco os shoppings: “Nada de extraordinário. Agora o quanto disso, qual o porcentual disso que participou do número 400 milhões do prefeito, infelizmente a gente não consegue ainda dizer”. Silva reforça que uma pequena parcela dos foliões recorreu às lojas de shoppings durante o Carnaval.

O assessor econômico da Fecomércio, Jaime Vasconcelos afirma a Marcelo Mattos que a saída dos paulistanos da cidade não colabora com o varejo: “Essa estimativa feita pelo governo municipal é muito mais direcionada para o setor de serviços, bares restaurantes e hotéis do que para o varejo. Como todo feriado, não é bom para o varejo como um todo”.

O total que a cidade movimentou no Carnaval será divulgado na semana que vem, já que São Paulo ainda terá desfiles e blocos no sábado e domingo. Uma pesquisa da Prefeitura apontou que, neste ano, 64% dos foliões participaram dos blocos pela primeira vez.

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