Hoteleiros dizem: Cassinos SIM, novas taxas NÃO

Dentre os temas mais atuais da hotelaria nacional, com certeza os que concernem a legislação brasileira estão entre os mais discutidos. Neste primeiro dia da Equipotel 2016 não foi diferente. No primeiro painel do Sehga, mediado por Bruno Omori, presidente da ABIH-SP, Manuel Linhares, da FBHA, Luigi Rotunno, da ABR, e Ricardo Roman Jr, da ABIH-SP, apresentaram seus pontos de vista sobre o Ecad, a liberação dos cassinos e as legislações que discorrem sobre os impostos da hotelaria. O setor mostrou-se unido, alinhando as visões sobre os diferentes assuntos.

Os cassinos são uma oportunidade de incrementar o turismo. Rotunno explica que os benefícios que estes estabelecimentos podem trazer estão intimamente ligados a sua localização. Nisso, a hotelaria pode contribuir. “Instalá-los dentro de resorts e outros empreendimentos de hospedagem é uma garantia de que o cassino terá uma função turística. Porque ele pode afugentar ou conquistar os visitantes”, coloca o executivo, citando exemplos famosos como a cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos, e o litoral francês. Roman Jr também citou o destino norte-americano como case de sucesso, principalmente porque hoje ele não se vende como um destino de jogos, mas um destino de entretenimento.

Já o Ecad foi apontado como um entrave para a hotelaria nacional, conforme disse Linhares. A falta de atenção à dinâmica de um empreendimento hoteleiro faz com que não somente esta, mas outras taxas sejam cobradas arbitrariamente. O acúmulo de taxas, incluindo também os impostos cobrados, impacta diretamente na competitividade dos estabelecimentos.

Outro ponto discutido entre os palestrantes e também com os hoteleiros presentes na platéia foi a questão do AirBnB. Apontado como o Uber da hospedagem, o sistema é concorrente direto dos hotéis tradicionais, mas ainda não é regulamentado pelo governo brasileiro. O vice-presidente da ABIH-SP explica que isso afeta diretamente o bolso dos hoteleiros, e é preciso mobilizar-se para estabilizar o mercado. O público presente lembrou ainda que o exemplo dos taxistas deve ser levado em consideração – as reivindicações do segmento devem ser feitas de maneira clara e não-ostensiva, mostrando todo o trabalho dos hotéis neste cenário.

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