ABIH-SP, fala ao Diário de Turismo sobre as expectativos para o ano de 2017

Ao dar início às entrevistas deste ano, o DIÁRIO DO TURISMO ouve os players do setor turístico, entre eles hoteleiros, operadores, e representantes de instituições sobre suas expectativas para o ano que começa e ainda diante de um quadro econômico recessivo e uma política instável. O entrevistado desta vez é Bruno Omori, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – São Paulo (ABIH-SP)

Da REDAÇÃO

O quinto entrevistado que falou com o DIÁRIO sobre suas expectativas para 2017 – que se inicia – e ainda diante de um quadro econômico recessivo, é Bruno Omori, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis regional São Paulo (ABIH-SP). O executivo também acumula a diretoria executiva do Conselho Estadual De Turismo Do Estado De São Paulo.

DIÁRIO – Pode fazer um prognóstico de como se apresentará o mercado hoteleiro no primeiro semestre e segundo semestre de 2017?

BRUNO OMORI: O mercado hoteleiro apresentou bons resultados e crescimento de 2011 a 2014 e com a crise política e econômica enfrentou quedas significativas na ocupação, diária média e rentabilidade em 2015 e 2016. No primeiro semestre de 2017 a previsão é uma estabilização da economia, fato que pelo menos manterá os resultados praticamente com o mesmo patamar de 2016, no segundo semestre esperamos uma ligeira recuperação do mercado hoteleiro e turístico, com possíveis projeções de crescimento de 2% a 5% na ocupação dos Meios de Hospedagens, mas sem recuperação do valor da diária média.

DIÁRIO – Tendências apontam que com a economia recessiva o turismo internacional (emissivo) pode surpreender, concorda?

BRUNO OMORI: O turismo internacional apresenta taxas de crescimento todo ano de acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT) e deve continuar a crescer, talvez de forma mais restrita, mas a demanda por viagens de lazer e negócios continuaram a crescer pela entrada de novos consumidores de turismo principalmente das economias emergentes e das classes B e C que passam a colocar o turismo na cesta de consumo.

Portanto, o importante é o governo federal, estaduais e municipais, definirem o turismo como fator de desenvolvimento econômico, para geração de trabalho, renda e melhoria social de sua população, como destinos como Estados Unidos, Espanha, França ou México que colocam a atividade como prioridade de política pública com orçamento significativo para promoção, divulgação e desenvolvimento dos produtos e destinos turísticos do país. o Brasil é o 1 do ranking de potencial de recursos naturais do mundo, precisa de criação de sinergia estratégica com o Trade turístico e de definir a pasta como prioridade de governo.

“O Brasil é o 1 do ranking de potencial de recursos naturais do mundo, precisa de criação de sinergia estratégica com o Trade turístico e de definir a pasta como prioridade de governo

DIÁRIO – Como analisa o mercado hoteleiro com o governo Temer (em relação ao mercado nacional) e governo Dória (em relação a São Paulo)?

BRUNO OMORI: Acreditamos que ambos têm a possibilidade de transformar o turismo como política pública prioritária para geração de emprego e renda, como ferramenta para retomada de crescimento econômico da cidade de São Paulo e do Brasil. No âmbito Federal o poder executivo Presidente Temer, ministérios da Fazenda e do Turismo, precisam lutar para aprovar o orçamento da Comissão de Turismo com $ 400mi de promoção internacional, R$ 200 milhões de promoção nacional, R$ 600 milhões de infraestrutura turística e R$ 300 milhões de qualificação do turismo, como forma de iniciarmos uma virada do turismo, para se tornar a 2 ou 1 atividade econômica do Brasil nos próximo 15 anos como o México.

Na cidade de São Paulo com a expertise no turismo do João Doria como ex-presidente da Spturis e Embratur, grande gestor e com excelentes sinergias com o Trade turístico temos a esperança de que possamos transformar São Paulo como a Nova York da América do Sul, continuando como a base do turismo de negócios e eventos, mas consolidando o destino com a vocação gastronômica, cultural e de entretenimento.

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