Hotéis passam por reforma para a Copa do Mundo

Com investimentos de 1,8 bilhão de reais, cerca de 80% das hospedagens da capital realizam reformas para entrar no padrão Fifa

24.jan.2014 | Atualizada em 10.jun.2014 por Nataly Costa

 

Acomodar bem os turistas da Copa do Mundo, a partir de 12 de junho, é uma preocupação das cidades-sede. São Paulo deverá liderar o ranking de destinos com mais visitantes nos meses de junho e julho (segundo estimativas do Ministério do Turismo, serão 1,2 milhão de brasileiros e 258 000 estrangeiros, principalmente ingleses e uruguaios, cujas seleções jogarão na Arena Corinthians, o Itaquerão). Ao contrário de outras capitais, como Belo Horizonte, que precisaram correr contra o tempo para aumentar sua rede hoteleira, por aqui a oferta de 42 000 quartos é considerada suficiente para atender à demanda. Por isso, os investimentos do setor não acabaram sendo canalizados para inauguração de estabelecimentos. “A rede aproveitou a ocasião para se modernizar”,explica Bruno Omori, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (Abih-SP). Ele calcula que cerca de 80% dos 410 endereços do ramo na capital passaram por uma reforma geral ou finalizam alguma grande obra, com investimentos que somaram 1,8 bilhão de reais nos dois últimos anos.

A um custo de 10 milhões de reais, a rede Estanplaza optou por remodelar suas sete unidades na Zona Sul, com encerramento dos trabalhos previsto para o fim de março. Só o Gran Estanplaza, no Brooklin, consumiu 4 milhões de reais. O mobiliário do saguão foi trocado e suas paredes ganharam cores mais claras, um restaurante privativo para clientes preferenciais está sendo construído na cobertura e todos os quartos receberam camas e estofados novos. “Temos a chance de fazer bonito para que os estrangeiros voltem depois do Mundial”, explica o diretor de receitas do grupo, João Paulo de Andrade.

A empresa possui um pré-contrato com a Fifa — a confirmação virá até sexta (31) — que deve garantir 80% de ocupação só com funcionários, patrocinadores, familiares de atletas e convidados da entidade. A taxa é comparável à da Fórmula 1, o evento mais rentável do segmento.

 

Outro endereço com quase 100% da capacidade reservada para a Copa, oInterContinental, nos Jardins, radicalizou em uma reforma de 20 milhões de reais. O hall e os 195 quartos foram derrubados e totalmente reconstruídos. “Não há sequer um espaço que tenha permanecido igual”, diz a diretora de vendas, Sheilla Cruz. A entrada, onde antes funcionava a recepção, ganhou um bar em estilo mais discreto. As obras ainda não terminaram — os três últimos andares serão entregues em fevereiro —, mas o reconhecimento chegou antes. No TripAdvisor, um dos principais sites de referência para viajantes,o InterContinental pulou da 28ª colocação para o quinto lugar entre os melhores de São Paulo. O local hospedará, por exemplo, a família dos jogadores da seleção americana, que realizará um período de treinos na capital pouco antes da Copa.

No Radisson, da rede Atlantica Hotels, com unidades no Itaim Bibi e na Vila Olímpia, o tamanho de alguns quartos vai dobrar, de 32 para 64 metros quadrados (diária de 800 reais). “Queremos oferecer um produto mais competitivo”,afirma Cristiane Roquetti, gerente de vendas da Atlantica. Por lá, o carpete acabou substituído pelo piso frio. “O visual elegante agrada mais ao público internacional”, justifica Carla Calderon, gerente de serviços do Radisson. O grupo também aguarda uma confirmação de reserva da Fifa, que bloqueou 60% dos seus apartamentos.

 
 
FONTE:

https://vejasp.abril.com.br/materia/hoteis-passam-por-reforma-para-a-copa-do-mundo

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