Representantes do Turismo discutem o Plano Diretor de SP

Encontro aconteceu na sede da Fecomercio-SP

  

A Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), no centro da capital paulista, recebeu hoje (23) o encontro intitulado São Paulo para Turistas. Especialistas, representantes da sociedade civil e de entidades do setor se reuniram para discutir contribuições para o Plano Diretor Estratégico da cidade, que está sendo revisado.

Bruno Omori, presidente da ABIH-SP (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo), destacou a necessidade do turismo figurar como pauta em outros segmentos da cidade, ampliando a articulação e integrando os interesses dos agentes.

“O turismo precisa estar presente em diversas seções da cidade, desde transporte até cultura. Explorar a comunicação, divulgando os atrativos e ofertas do nosso destino é essencial. Os próprios hotéis de Barcelona, por exemplo, oferecem city tour para os turistas”, enaltece Omori.

Outro ponto destacado pelo presidente da ABIH-SP foi a flexibilização do zoneamento das regiões da capital, a partir de um estudo mais detalhado das áreas que podem ser aproveitadas, já que existem sérias dificuldades para obtenção de alvará na capital.

Toni Sando, presidente executivo da SPCVB (São Paulo Convention & Visitors Bureau), disse que a mobilização da cadeia produtiva é o principal fator para o potencializar o turismo.

“As ações de hospitalidade na cidade não estão integradas. O destino precisa ter interesse em recepcionar bem os visitantes, contemplando diversos serviços. Existe sinalização adequada, há política de incentivo do tax free (isenção do pagamento de impostos para turistas)”, questiona. “Esta não pode ser uma bandeira única dos envolvidos na recepção dos viajantes. Uma das formas de conquistar a participação dos outros setores é demonstrar o impacto econômico gerado pela atividade turística”, pontua Sando.

 

A professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo, Mariana Aldrigui, argumentou que o turismo – no desenvolvimento de uma cidade – não é uma atividade estratégica, e sim, complementar. Na opinião da especialista, que desenvolveu tese de mestrado sobre o tema, o segmento apenas assessora outras áreas importantes da metrópole, como o setor imobiliário.

“O turismo não aparece para quem não se envolve com ele. É um segmento que complementa negócios, amplia possibilidade de renda e emprego, e movimenta a economia”, afirma Mariana.

Em relação à qualificação e oferta de serviços, a professora acredita que a concorrência estimula a especialização da mão de obra.

“São Paulo sabe profissionalizar. A qualificação acompanha a especialização dos negócios, só é preciso identificar quais as áreas carentes. O único padrão de serviço é aquele que atende a todos; a cidade só não acolhe visitantes porque também não acolhe os moradores”, argumenta.

Também participaram da mesa Jorge Duarte e Marcelo Calado, ambos da Fecomercio, Aristides de La Plata Cury, presidente da Skal SP, Marcelo Rehder, presidente da SPTuris (São Paulo Turismo) e Orlando de Souza, diretor de Marketing da TUR.SP.

Este foi o terceiro encontro promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Local e o Conselho de Turismo e Negócios da Fecomercio. Mobilidade urbana e plano de bairro foram outros dois temas já abordados pela entidade, que irá organizar outros três debates, sobre acessibilidade, economia criativa e meio ambiente.

Todo o material reunido nessas discussões será compilado e enviado para a Prefeitura, como sugestão para a revisão do Plano Diretor da cidade.

Serviço

www.fecomercio.com.br

 

Fonte:https://hoteliernews.com.br/2013/07/representantes-turismo-discutem-plano-diretor-de-sp/

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