ABIH Nacional decide buscar parceria com novas OTAs para quebrar monopólio do setor

Diante das divergências com a Decolar.com, a Associação Brasileira de Hotéis decidiu abrir negociações com outras OTAs para reduzir custos da hotelaria com taxas de comissão e amenizar os efeitos da crise no setor. A informação foi confirmada por Dilson Jatahy Fonseca Jr, presidente da ABIH Nacional, durante visita de cortesia a sede do MERCADO & EVENTOS, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (02) onde foi recepcionado pelo CEO do M&E, Roy Taylor e Vitor Bauab, vice-presidente.

Na ocasião, o executivo confirmou que a cada dia novas cidades e estados aderem ao boicote iniciado contra a Decolar.com enquanto perdurar a decisão de reajustar as taxas de comissionamento da OTA. “Além do Rio de Janeiro já temos hotéis de cidades da Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Ceará e Santa Catarina, entre outros que decidiram não trabalhar com a Decolar.com enquanto não houver uma revisão deste reajuste”. Dilson também confirmou que a ABIH Nacional está em negociação com outras OTAs para acordos e  parcerias comerciais.

“Já iniciamos contato com outras OTAs como a Viajante Brasileiro, Mais Destinos, Gestour, entre outras. A ideia é ampliar o leque de empresas que operam neste segmento para aumentar a competitividade e, com isso, poder escolher aquelas que decidam cobrar uma comissão justa”, explicou. O presidente da ABIH Nacional diz estar aberto ao diálogo com a Decolar.com mas considera que a hotelaria nacional deva estabelecer um limite no pagamento de comissões. “Acredito que esse limite deva ser no máximo de 10% a 12% tanto para OTAs como para agências de viagens”, explicou.

Para Dilson Jatahy Fonseca Jr a união do setor hoteleiro na disputa com a Decolar.com tem sido uma resposta ao mercado. Ele admite que se as negociações não avançarem irá buscar apoio no legislativo. “Vamos entrar com um projeto de lei estabelecendo um teto máximo”. Ele defende também mudanças na paridade tributária com redução de impostos pelo Governo. “Atualmente pagamos 40% de impostos enquanto empresas estrangeiras como Airbnb são isentas, o que não é justo”, lembrou.

 

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