Oportunidades em hotéis e restaurantes crescem 10%

 

24 de janeiro de 2014
 

Eles estão chegando: serão cerca de 600 mil turistas estrangeiros e três milhões de brasileiros circulando pelo país, em mais de seis milhões de viagens pelas 12 cidades-sede da Copa. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o evento deve gerar receita estimada em R$ 9,4 bilhões. É em torno desses números que cresce o apetite de vários segmentos que buscam aproveitar as oportunidades da Copa 2014.

É o caso do ramo hoteleiro, que há seis anos formou a Câmara da Copa do Conselho Estadual para negociar os contratos dos hotéis e desde então vem promovendo reuniões mensais para amarrar os negócios. Os bares e restaurantes já se ocuparam da preparação dos cardápios alusivos à Copa, que serão apresentados em inglês e português. O quadro de profissionais do setor crescerá 10% em São Paulo. As contratações de tradutores também já estão dentro do orçamento dos bares e restaurantes.

Estudo da FGV em parceria com o Ministério do Turismo aponta que a capital paulista recepcionará 258 mil turistas estrangeiros no período, com gastos diários de US$ 350,00 em um período de 10 dias, sem contar passagem de avião e ingresso para os estádios.

Entre os turistas brasileiros, o destino preferido é São Paulo, com 1,2 milhão de visitantes e um gasto diário ao redor de US$ 250,00 durante os jogos. Pata atender a demanda o Sebrae São Paulo também se antecipou às preparações e, desde 2011, atua na capacitação de taxistas através de um programa chamado Taxista Nota 10. A meta é que até a Copa 8 mil profissionais estejam capacitados nos quesitos empreendedorismo, gestão e idiomas. “O curso tem uma duração de 15 meses e já formou 7,3 mil profissionais”, diz Cássio Santos, consultor do Sebrae-SP.

Para Joaquim Saraiva de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel/SP), os estabelecimentos já estão se preparando há meses na montagem dos cardápios adequados para o evento. “Quando jogar, por exemplo, Brasil e Portugal, o prato terá petiscos e culinária de ambos os países para atrair o consumidor”, diz.

O marketing para chamar essa clientela também já foi desenhado. “Faremos uma boa divulgação do que a casa está oferecendo, telões, petiscos e valores promocionais. O idioma ainda é uma dificuldade, mas os cardápios serão em inglês e português e os bares e restaurantes estão contratando tradutores para o período”, informa.

Segundo Almeida, nos 40 dias entre chegada e partida dos turistas, o movimento poderá quase dobrar para algumas regiões e segmentos. “Restaurantes e bares instalados nas áreas dos Jardins, Vila Madalena e Itaim deverão obter aumento na receita de 80%.”

No setor de hotéis, o clima de Copa do Mundo chegou há mais de cinco anos. Bruno Omori, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (Abih/SP) se reúne mensalmente com representantes do setor hoteleiro e da Fifa.

Os encontros, que acontecem desde 2008 por meio da Câmara da Copa do Conselho Estadual, discutem planejamento de promoção da cidade, logística de transporte, segurança, atendimento e qualificação. “Muitas conquistas foram feitas”, diz Omori. Entre elas, o fato de que, “entre as 83 cidades que a Fifa definiu para que as 32 seleções pudessem escolher, 37 cidades ficam no Estado de São Paulo. E das seleções, 15 delas ficarão no Estado de São Paulo”, comemora.

Vários programas de qualificação dos profissionais estão sendo desenvolvidos pela indústria hoteleira. “A Escola Virtual dos Meios de Hospedagem, por exemplo, já qualificou 3,2 mil profissionais da área de hospedagem para trabalhar como mensageiros, recepcionistas, arrumadeiras, porteiros, reservas e marketing”, exemplifica.

FONTE:

https://imprensa.gpabr.com/oportunidades-em-hoteis-e-restaurantes-crescem-10/

 

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